Autor: Paulo
Data: 56 dC
Contexto Histórico
Quando Paulo escreveu Rm, por volta de 56 dC, ele ainda não tinha estado em Roma, mas vinha pregando o evangelho desde sua conversão em 35 dC. Durante os dez anos anteriores, ele tinha fundado igreja através de todo o mundo mediterrâneo. Agora, estava chegando ao fim de sua terceira viagem missionária. Esta epístola é, portanto , uma declaração madura de sua compreensão do evangelho. Em Roma, a igreja havia sido fundada por outros cristãos; e Paulo, através de suas viagens, conheceu muito a respeito dos crentes de lá (16.3-15).
Ocasião e Data
É mais provável que Paulo tenha escrito Rm enquanto estava em Corinto, em 56 dC, fazendo uma coleta para ajudar os cristãos necessitados de Jerusalém (15.25-28,31; 2Co 8-9). Ele planejou ir a Jerusalém com essa coleta, depois visitar a igreja em Roma (1.10-11; 15.22-24). Depois de ser revigorado e apoiado pelos cristãos de Roma, planejou viajar para a Espanha para pregar o evangelho (15.24). Ele escreveu para dizer aos romanos sobre sua visita iminente. A carta, provavelmente tenha sido entregue por Febe (16.1-2)
Conteúdo
O tema doutrinal global que Paulo procura demonstrar é que Deus é Justo. Apesar de tudo que aconteceu neste mundo– mesmo que todos os seres humanos sejam pecadores (1.18-3.20); mesmo que Deus não puna, mas perdoe os pecadores culpados (3.21-5.21); mesmo que os crentes possam não viver completamente de uma maneira coerente com a justiça de Deus (6.1-8.17); mesmo que os crentes sofram e a redenção final retarde (8.18-39); mesmo que os muitos judeus não creiam (9.1-11.36) - ainda assim Deus é perfeitamente Justo e nos perdoou através de sua graça. Devido a essa grande misericórdia de um Deus tão justo, devemos seguir um modelo de vida coerente com a própria justiça de Deus (12.1-16.27).
Cristo Revelado
Rm é a história do plano de redenção de Deus em Cristo: a necessidade dele (1.18-3.20), a descrição detalhada da obra de Cristo e sua implicações para os cristãos (3.21-11.36) e a aplicação do evangelho à vida cotidiana (12.1-16.27).
O Espírito Santo em Ação
O ES confere poder na pregação do evangelho e na realização de milagres (15.19), habita em todos que pertencem a Cristo (8.9-11) e nos dá vida (8.11). Ele também nos torna, progressivamente, mais santo na vida diária, nos dando poder para obedecermos a Deus e superarmos o pecado (2.29; 7.6; 8.2,13; 15.13,16), fornecendo-nos um modelo de santidade a seguir(8.4), nos guiando nele (8.14) e purificando nossa consciência para prestar testemunho verdadeiro (9.1). O ES derrama o amor de Deus em nosso coração (5.5; 15.30), junto com alegria, paz e esperança através de seu poder (14.17; 15.13). Ele nos permite orar adequadamente (8.26) e a chamar Deus de nosso Pai, concedendo desse modo, uma segurança espiritual interior de que somos filhos de Deus (8.16). Devemos centrar a nossa mente nas coisas do Espírito, se desejamos agradar a Deus (8.5,6). Embora Paulo descreva brevemente os dons espirituais em RM (12.3-8), ele não faz menção explicita do ES em conexão com esses dons, exceto para referir-se a eles como espirituais em 1.11. A obra atual do ES em nós é apenas um antegozo de sua futura obra celeste em nós (8.23)
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