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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Atos dos Apóstolos

APOSTILA DE ATOS.doc

Primeira apostila de Exposição de Atos dos Apóstolos.

sábado, 21 de maio de 2011

O que significa “em espírito e em verdade”?

O que significa “em espírito e em verdade”?
João 4. 23 e 24
by Gedeon Martins

Após concluir que o local exclusivo da adoração não era um assunto importante, Jesus passa a demonstrar a mulher que tema é realmente importante para alguém que queira ser um adorador de Deus.
Inicialmente ele mostra que há um desconhecimento da parte dela e dos samaritanos: “Vós adorais o que não conheceis; nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos Judeus”.[1] Para Hendriksen essa falta de conhecimento do que se adora, diz respeito ao fato dos samaritanos rejeitarem “os livros proféticos e poéticos do Antigo Testamento”.[2] Sem o conhecimento exato das Escrituras, os samaritanos não conseguiriam distinguir a prioridade da adoração, e assim, entender que não é o lugar e sim o quê adorar. Com o conhecimento das Escrituras todos entenderiam que o Messias surgiria entre os Judeus, e ele seria o único portador da salvação. E por isso, que ao invés de onde adorar ele iria mostrar como e o que adorar.
O tempo agora é um estado perfeito, e “na mente do nosso Senhor, o estado perfeito do futuro é visto no presente”.[3] Em outras palavras, aquilo que se esperava, como que em um futuro distante, é visto no agora, no tempo deles. O que o Senhor quer mostrar a mulher samaritana é que o tempo dos símbolos, sacrifícios, templos e montes estão chegando ao fim e um novo está começando, a era dos que adoram em Espírito e em Verdade. “O véu do templo será logo partido em dois, de cima a baixo (Mt 27.51), e com ele o último remanescente da validade da adoração cerimonial também desaparecerá”.[4]
Dessa forma, a mensagem dos estereótipos e a aparência religiosa serão substituídas por um comprometimento com aquele que está sendo adorado e com a sua mensagem. O início dessa nova era de adoração teria como ponto de partida o congregar dos discípulos do Senhor. Estes, por sua vez, serão conhecidos pelo respeito e resignação diante das ordens, mandamentos do seu Senhor. Sobre “No quarto evangelho, o verbo adorará (indicativo futuro de Proskusen) nunca tem apenas o sentido de ‘respeitará’”.[5] Assim, fica claro que o envolvimento é completo, com atitude e demonstração natural e prática deste respeito. Se crer em Cristo e vive essa fé com comportamento digno e integralmente bíblico.

Jesus enfatizou, seguidamente, duas coisas: a. A adoração que merece ser assim chamada não é obstruída por considerações físicas, ou seja, por este ou aquele local (Jo. 4.21); b. Essa adoração opera no reino da verdade: um conhecimento claro e definido de Deus, derivado de sua revelação especial (Jo. 4.22). Nesse cenário, parece, pelo menos para nós, que a adoração em espírito e em verdade só pode significar: a. honrar a Deus de tal maneira que todo o ser entra em ação; b. fazer isso em perfeita harmonia com a verdade de Deus, conforme se encontra revelada nas Escrituras.[6]

Essa adoração não será representada somente por antagonismo entre espiritual em vez de físico; interior em vez de exterior. Tudo se inicia por uma transformação promovida pelo Espírito Santo na vida dos adoradores e os concede o primeiro passo para os credibilizar como tais. Desta forma, cria-se uma revelação continua entre o Espírito e aquele que foi transformado, bem diferente da visão religiosa e sectária da época. E fica evidente que, exclusivamente, são “estes que o pai procura para seus adoradores”.[7] Podemos perceber que a exclusividade de Deus para adoração não diz respeito a origem ética, regionária ou genérica, e sim, de uma atitude. A ação em questão é a disponibilidade do ser em se moldar a exigência de transformação do Espírito. Assim, podemos dizer, enfaticamente, que a busca de Deus é feita pelos adoradores, transformados e salvos para o serviço do reino dos céus.
A ideia apresentada por Jesus, neste diálogo, nos mostra que o buscar de Deus (João 4.23) remete a uma obra salvífica, onde “Deus, e não o ser humano, é sempre o que toma a iniciativa”.[8]
Ser espírito é ser salvo pelo Senhor e assim ser credenciado para adoração.
Jesus segue o diálogo mostrando por que Deus requer uma transformação na vida e no ser dos adoradores. Não só requer como também é o agente da transformação. No versículo 24, ele diz: “Deus é Espírito”. Isso demonstra claramente por que existe a necessidade da adoração ser espiritual; é pelo fato daquele que esta sendo adorado ser essencialmente Espírito. O uso do termo ‘Espírito’ empregado no texto não tem o objetivo de falar da substância de Deus, como sendo alguém sem matéria e impalpável, esse não é o objetivo. A ideia primordial é demonstrar que “Deus não é trevas, mas é totalmente santo, totalmente inteligente, totalmente puro, totalmente exaltado. Ele é luz”.[9] Em outras palavras, Ele é essencialmente oposto ao carnal (pecado), ao físico (estatua de madeira, pedra, montes e etc). E no Seu requerimento, o pai exige dos adoradores a mesma oposição ao que é carnal. Deus é Espírito, e seus adoradores, assim, também, devem ser.
Mas existe um guia regente para que essa adoração aconteça em conformidade com a vontade de Deus. Essa adoração tem que ser ‘Em verdade’.
Esse é um princípio que não está passivo a subjetividade, ou seja, não é uma verdade passiva a vontade de terceiros, relativa, ou mesma, uma verdade qualquer.  Jesus está tratando da verdade referência para todos os seres, que é de fato, feita pelo mesmo Deus que transforma em Espírito o adorador (veja versículo 24, Deus é Espírito). Ao passo, que Deus transforma em Espiritual os que Ele busca por adoradores, como também, os ensina a adorar segundo seu eterno designo. E o que será esta verdade? As Escrituras Sagradas!
O que fica evidente é que o Senhor não nos deixa nos escuros, tateando, sem saber para onde ir. As Escrituras Sagradas é a verdade deixada por Deus aos seus adoradores, para que estes, por sua vez, saibam como adorar ao seu Deus de forma agradável ao mesmo. “Essa adoração, portanto, se dirigirá ao Deus verdadeiro conforme ensinado nas Escrituras, e conforme revelado na obra da redenção”.[10]
Assim, aqueles que Deus quer como seus adoradores devem ser transformados pelo Espírito, em pessoas espirituais e que se guiam pela verdade eterna e soberana das Escrituras. Isso é uma mudança da alma, dos conceitos e valores, que será refletida na mudança das atitudes. Champlim chega a citar 5 preposições que Deus requer dos seus adoradores:

1. Através da missão de Cristo e da administração da Sua palavra, 2. Na conversão e santificação da alma, Jo 3.3 e 1Tes 4.3; 3. Nas operações do Espírito, que transformam os homens segundo a imagem de Cristo (II Co 3.18), guiando-os assim de um estágio de glória outro, ad infinitum; 4. Nas operações do Espírito, que desenvolvem nos crentes as virtudes espirituais, Gl 5.22, 23; 5. Através dos diversos meios de desenvolvimento espiritual, como a meditação, a prática das boas obras (cumprimento da lei do amor), a possessão e o uso dos dons espirituais, e a santificação.[11]

Podemos resumir o que foi dito por Champlim de uma forma objetiva, que os verdadeiros adoradores (os que o adoram em Espírito e em Verdade) são aqueles que nasceram de novo e que vivem e adoram segundo os princípios das Escrituras Sagradas.
Portanto, concluímos que o culto agradável a Deus é feito por pessoas integralmente espirituais, no seu cotidiano com vida santa; e, espirituais no culto, fugindo de ritos vazios e sem fundamentos, para apresentar a Deus um culto segundo as Escrituras Sagradas.


Retirado da Monografia: “O CULTO AGRADÁVEL A DEUS A PARTIR DO DIÁLOGO DA MULHER SAMARITANA COM JESUS”.
AUTOR: Gedeon Martins
Em exigência ao processo de ordenação pastoral da ALIANÇA DAS IGREJAS EVANGÉLICAS CONGREGACIONAIS DO BRASIL. Ano: 2011.
CAPÍTULO 1.2.
49 págs
Caruaru-PE

Obs: Os dados a cima são para a devida citação em trabalhos científicos. O uso é liberado pelo autor para os devidos fins e c


[1] ALMEIDA, João Ferreira. A Bíblia Sagrada, Revista e Atualizada no Brasil. João 4.22
[2] HENDRIKSEN, William. O Evangelho de João. Ed. Cultura Cristã. 2004. Pág. 224.
[3] Idem. Pág. 225
[4] Idem
[5] Idem
[6] Idem
[7] ALMEIDA, João Ferreira. A Bíblia Sagrada, Revista e Atualizada no Brasil. João 4.23
[8] HENDRIKSEN, William. O Evangelho de João. Ed. Cultura Cristã. 2004. Pág.226
[9] CHAMPLIM, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado: Versículo por versículo, Lucas e João. Ed. Hagnos. São Paulo. 2002. Vol.2. Pág. 328

[10] HENDRIKSEN, William. O Evangelho de João. Ed. Cultura Cristã. 2004. Pág. 225.
[11] CHAMPLIM, Russell Norman. O Novo Testamento Interpretado: Versículo por versículo, Lucas e João. Ed. Hagnos. São Paulo. 2002. Vol.2.  Pág. 327

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

TEOLOGIA NO NOVO TESTAMENTO

final

e) A Era Macabéia (166-37 aC) Judas Macabeu não gozou de paz por muito tempo, e sem mais delongas apelou para os romanos, pedindo assistência contra a Síria. Judas morreu em combate antes de chegar ajuda, seu irmão Jônatas tomou-lhe o lugar. Por causa da fraqueza da Síria, Jônatas tornou-se o comandante da Judéia. Ao morrer foi sucedido por outro irmão, Simão, que também apelou para Roma em busca de socorro. Os romanos fizeram Simão governador da Judéia, e seu trono passou a ser hereditário.
Por esse tempo os partidos dos fariseus e dos saduceus eram rivais. Simão teve como sucessor seu filho João Hircano, que primeiro se filiou a uma e depois a outra das seitas oponentes. Não demorou o estouro da guerra civil quando seus dois netos, Hircano e Aristóbulo, lutavam pelo trono vago por sua morte. Os romanos preferiram Hircano, e Pompeu, general romano, tomou Jerusalém de Aristóbulo.
Os cercos, as batalhas, os homicídios e os massacres que se seguiram marcam um período de turbulência na história judaica. Embora presenteados com a oportunidade de restaurar Israel e uma posição de grande poder e influência, desperdiçaram-na com lutas entre famílias.

f) A Dominação Romana (37 aC até o período do NT) Pompeu, Crasso e Júlio César reinaram sobre Roma como o primeiro triunvirato, mas Júlio César logo se tornou o governador único. Ele recolocou Hircano no trono em Jerusalém e nomeou a Antípatro, cidadão da Iduméia, como proucurador sob as ordens de Hircano. Os dois filhos de Antípatro, Faselo e Herodes tornaram-se governadores da Judéia e da Galiléia. No ano seguinte Antípatro foi envenenado; três anos mais tarde Júlio César foi assassinado em Roma.
Um novo triunvirato - Otávio (sobrinho de César), Marco Antonio e Lépido - passou a governar Roma. Antonio governava a Síria e o Oriente. Favoreceu a Herodes, e esta amizade levou essa família edomita à ascensão ao poder. Herodes casou-se com Mariana, neta de Hircano, e tornou-se parte da família macabéia.
Mais ou menos por esse tempo surgiu um novo distúrbio no país. Antígono, filho de Aristóbulo, conquistou sucesso passageiro ao cortar as orelhas de Hircano, o sumo sacerdote, impossibilitando-o de exercer o ofício. Na luta seguinte Herodes foi pressionado por Antígono, e teve de fugir para a fortaleza chamada Masada em busca de segurança. Depois ele foi a Roma, descreveu aos romanos a desordem dominante, e foi nomeado rei. Antígono foi morto, e isso acabou para sempre com o governo dos macabeus ou asmoneus.
Pouco tempo depois do suicídio de Antonio no Egito, Herodes estendeu seu poder na Judéia. Vivia sob o pavor de que um descendente dos macabeus subisse em poder para tomar-lhe o trono. Tendo Aristóbulo, irmão de Mariana, sido nomeado sumo sacerdote, sua popularidade fez com que Herodes mandasse afogá-lo. Mariana ficou enfurecida, e Herodes mandou executá-la. Nos anos seguintes ele tornou-se cada vez mais vingativo, e seus atos sangrentos provocaram a ira dos judeus.
Para acalmar a hostilidade dos Judeus, ele deu início a um programa de obras públicas. Seu principal empreendimento foi a reconstrução do templo.
Mas com isso não terminaram os problemas de Herodes, nem os da nação. Ele estava cercado por um grupo de homens que exploravam sua paranóia. Seus dois filhos, à semelhança de sua mãe Mariana, vítima da ira paterna, forma estrangulados. Em certa ocasião um grande número de fariseus tiveram o mesmo destino. Outros atos igualmente sangrentos continuaram durante o seu reinado. Perto do fim da vida, esse governante dominado pelo medo ordenou o massacre dos infantes em Belém quando nasceu Jesus, o rival Rei dos judeus.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

TEOLOGIA NO NOVO TESTAMENTO

d) O Período Sírio (204-166 aC) Os egípcios enviaram uma embaixada a Roma pedindo-lhe ajuda contra Antíoco. Acedendo ao pedido, Roma mandou um exército, que a principio não obteve êxito. Finalmente, porém, eles obrigaram Antíoco a evacuar toda a região ao ocidente e ao norte das montanhas do Taurus. Numa incursão ao oriente para financiar a guerra, Antíoco foi morto pelos habitantes da província de Elimais enquanto saqueava um templo de Júpiter.
O reinado de seu sucessor Seleuco Filópater não apresentou nenhum fato de relevo. Mas com a ascensão de Antíoco Epifânio (“a manifestação de Deus”), teve início uma das mais sombrias épocas da história judaica.
Onias, exercia o sacerdócio em Jerusalém quando Epifânio começou a reinar. Visto que os gregos desejavam helenizar os judeus, Epifânio vendeu o cargo de sumo sacerdote ao irmão de Onias, por trezentos e sessenta talentos. Onias fugiu da cidade. O usurpador mudou de nome; de Jesus passou a chamar-se Jasão, colaborando dessa maneira com Antíoco em seu esforço de impor a cultura e religião grega aos judeus. Os velhos costumes hebreus e suas práticas religiosas foram desestimulados; judeus foram enviados a Tiro a fim de tomar parte nos jogos em homenagem ao deus pagão Hércules, e em seu altar eram oferecidos sacrifícios. Finalmente, Menelau, outro irmão, fez oferta maior que a de Jasão pelo sacerdócio e intensificou o ataque ao judaísmo.
Com a ida de Antíoco Epifânio ao Egito para sufocar o levante, correu o boato de que ele fora morto e os judeus começaram a celebrar o fato com grande alegria. Sabedor disso, ele voltou a Jerusalém, sitiou e tomou a cidade, e massacrou quarenta mil judeus. Para mostrar seu desprezo pela religião judaica, entrou no Santo dos Santos, sacrificou uma porca sobre o altar, e espargiu o sangue sobre o edifício. Por sua ordem o templo passou a ser templo do Zeus Olímpio; proibiram-se culto e os sacrifícios judaicos que foram substituídos pelos ritos pagãos. Proibiu-se a circuncisão, e a mera posse de uma cópia da Lei se tornou ofensa punível com a morte.
Os judeus resistiram. Um homem chamado Eleazar, idoso escriba de elevada posição, foi morto porque se recusou a comer carne de porco. Um após outro, a mãe e seus sete filhos tiveram a língua cortada, os dedos das mãos e dos pés amputados, e lançados num tacho fervente. Um grupo de resistentes, em número aproximado de mil pessoas, foi atacado no sábado. Recusando-se a quebrar as proibições sabáticas, foram mortos sem luta.
Uma família de classe sacerdotal, chamada asmoneus, resistiu vigorosamente aos éditos. Quando os emissários da Síria tentaram fazer cumprir os decretos de Epifânio, Matatias, pai da família chamada macabeus, recusou-se a adorar os deuses pagãos. Havendo-se apresentado outro cidadão para oferecer sacrifício no altar aos deuses pagãos. Matatias matou-o então ele conduziu um bando à região desértica onde Davi havia, por tantos anos, eludido a Saul.
Aos poucos cresceu o número dos que se puseram ao lado dos macabeus. Os Sírios laçaram três campanhas contra esses fiéis judeus, uma pelo próprio Antíoco Epifânio; mas nenhuma teve êxito. Algum tempo depois morreu Epifânio e irrompeu a guerra civil. Judas Macabeu, que sucedera a seu pai Matatias, estendeu seu controle sobre grande parte da palestina, incluindo partes de Jerusalém. Três anos após o dia de sua profanação, o templo foi purificado e os sírios estabeleceram a paz com os judeus.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

TEOLOGIA NO NOVO TESTAMENTO

Parte 3


c) A Era dos Ptolomeus (323-204 aC). Ninguém sucedeu a Alexandre. Finalmente, quatro de seus generais dividiram o império. Dois deles, Ptolomeu e Seleuco I, envolver-se-iam no governo da Palestina.
Depois de algumas lutas entre esses generais, o Egito caiu nas mãos de Ptolomeu Sóter. A Palestina também foi acrescentada ao seu quinhão. No início ele foi duro com os judeus. Mais tarde ele os empregou em várias partes de seu reino, muitas vezes em altos postos.
Seu sucessor, Ptolomeu Filadelfo, foi um dos mais eminentes deles. Amável para com os judeus, promoveu as artes e desenvolveu o império em todos os aspectos. As Escrituras Hebraicas fora traduzidas para o grego durante o seu reinado na cidade egípcia de Alexandria. A Septuaginta, como se denominou essa versão, podia ser lida, em todo o império.
Com o passar do tempo, cresceram as rivalidades entre os reis do Egito (Ptolomeus) e os reis da Síria (Selêucidas). A rivalidade atingiu o clímax nos reinados de Ptolomeu Filópater (222-204 aC) e de Antíoco o Grande, da Síria (223-187 aC). Filópater venceu a Antíoco numa batalha nas proximidades de Gaza. Em sua volta da batalha, Filópater visitou Jerusalém e decidiu entra no Santo dos Santos no templo. Embora o sumo sacerdote tentasse dissuadi-lo, ele fez a tentativa. Relata Josefo que ao aproximar-se do Santo Lugar, foi tomado de tal terror que saiu do templo.
Visto que os judeus lhe faziam oposição, Filópaper retirou-lhes os privilégios, multou-os, e começou a persegui-los. Capturando em Alexandria todos os judeus que pôde, trancafiou-nos num hipódromo cheio de elefantes embriagados. Esperava que os elefantes caíssem sobre os judeus, esmagando-os. Não foi o que aconteceu. Enfurecidos, os elefantes escaparam, matando muitos dos espectadores. Filópater interpretou isso como um sinal de Deus a favor dos judeus e parou de persegui-los. Ao morrer, em 204 aC, sucedeu-o seu filho Ptolomeu Epifânio, com apenas cinco anos de idade. Antíoco o Grande, da Síria, aproveitou a oportunidade para arrebatar do Egito o controle da Palestina.


Gedeon Martins

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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

TEOLOGIA NO NOVO TESTAMENTO

Parte 2


Período Intertestamentário

Os 400 anos decorridos desde a profecia de Malaquias até à vinda de Cristo são conhecidos como Período Intertestamentário. Os livros de Macabeus, que descrevem a revolta macabéia e o caos na Palestina, e os escritos de Josefo, historiador do primeiro século da era cristã, são as principais fontes de informação sobre esse período.
O livro de Daniel deu uma visão prévia desses anos. Através dos olhos da profecia Daniel esboçou os principais acontecimentos políticos dessa época. Daniel viveu durante a ascensão da Babilônia como potência mundial. Ele viu o reino desaparecer e ser substituído pelo governo medo-persa. Em sua visão profética Daniel viu, portanto, a ascensão de outras grandes forças que dominariam o período intermediário dos Testamentos: Alexandre, os Ptolomeus do Egito, os Selêucidas da Síria, os Macabeus e os Romanos.

a) O Último Período Persa ( até 331 aC). O AT encerra-se com o Império Persa ainda no poder. Ciro havia permitido aos judeus voltar à terra para reconstruir o templo (538 aC). Ester, judia, havia ascendido à proeminência no palácio do rei persa (470 aC). Esdras (456 aC) e Neemias (443 aC) haviam voltado ao país e instituído reformas.
Nada aconteceu na Palestina de muito interesse internacional no restante do governo persa. O sumo sacerdote judeu governava o país e o ofício passou a ser altamente cobiçado. Ocorreram diversas disputas infames pelo posto. Numa ocasião um sumo sacerdote matou o irmão quando este buscava o posto para si. O governador persa ficou tão estarrecido por este ato que impôs uma pesada multa sobre a população.

b) O Período de Alexandre Magno (335-323 aC). Ao governo persa seguiu-se a ascensão de Alexandre ao poder sobre um vasto império, incluindo a Palestina. Filipe da Macedônia, seu pai, havia estendido o governo sobre toda a Grécia e se preparava para uma grande guerra com a Pérsia, quando foi assassinado. Sucedeu-o seu filho Alexandre então com apenas 20 anos de idade, e dentro de pouco tempo acabou com o poder da Pérsia.
Em 335 aC Alexandre deu início a seu memorável reinado de doze anos. Depois de consolidar o governo em sua terra natal, ele rumou para o leste conquistando a Síria, a Palestina, o Egito e, finalmente, a própria Pérsia. Ele buscou conquistar terras mais ao leste, porém suas tropas se recusaram a faze-lo. Morreu na Babilônia em 323 aC. Em seus trinta e três anos de vida ele deixou um marco indelével na história.

Autor Desconhecido
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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

TEOLOGIA NO NOVO TESTAMENTO

Parte 1

A história do Novo Testamento começou muito tempo antes do nascimento de Jesus. Em realidade, só podemos entender bem muitos dos incidentes narrados no NT quando conhecemos esta longa história.
Ela começa com a criação do mundo – incluindo Adão e Eva. Havendo eles pecado e desobedecido à ordem de Deus, deteriorou-se o meio ambiente perfeito em que foram criados. E assim tem início a história da redenção humana, operada por Deus - que culminou na vida, morte e ressurreição de Jesus.

A história continua com Deus chamando a Abraão por volta do ano 2000 aC. Deus chamou Abraão para deixar o lar, dirigir-se a uma nova terra, e tornar-se o pai de “uma grande nação” (Gn 12.2-3) – Israel.
Num período de tempo relativamente curto, os descendentes de Abraão acharam-se no Egito. Logo o número desses descendentes tornou-se uma ameaça a faraó – o governante do Egito - e ele ordenou que fossem escravizados.
Foi nessa época que Moisés recebeu o chamado para tirar Israel da escravidão do Egito e conduzi-lo à terra Prometida de Canaã. Em seguida ao êxodo do Egito (cerca de 1450 aC) Israel recebeu a Lei – as leis e as instituições sociais que a nova nação devia observar, incluindo os Dez mandamentos. Recusando-se os temerosos israelitas a entrar na Terra Prometida conforme Deus ordenara, o Senhor os condenou a peregrinar no deserto, ao sul de Canaã, por mais de 40 anos.
Josué, sucessor de Moisés, foi quem introduziu Israel na Terra Prometida. Esta conquista se fez com violência (o livro de Josué conta a história). Após a morte de Josué, “ ...cada uma fazia o que achava mais reto” (Jz 21.25), e foi necessário que Deus suscitasse juízes. Eles chamaram o povo ao arrependimento e derrotaram os opressores de Israel (o livro de Juízes narra a história).

Saul foi o primeiro rei de Israel. Davi, seu sucessor, escolheu Jerusalém como capital, fazendo-a ao mesmo tempo o centro político e espiritual da nação. Salomão o sucedeu; este consolidou o reino recebido de seu pai e construiu o grande templo de Jerusalém. Conhecido por sua sabedoria, foi também um dirigente insensato; seu amor ao luxo, às mulheres bonitas e às alianças políticas, tiveram efeito desastroso pra a nação.
Após a morte de Salomão seguiu-se uma guerra civil sangrenta, e a nação dividiu-se em Israel ao norte e Judá ao Sul. Elas caíram na idolatria e no pecado, e Deus suscitou profetas – homens que declaravam a vontade do Senhor ao seu povo – para chamá-los ao arrependimento. Ambas as nações ignoraram as advertências dos profetas, e finalmente os inimigos destruíram ambas (Israel foi destruída pela Assíria em 723 aC e Judá pela Babilônia em 586 aC. Os seus dirigentes foram tomados cativos e enviados ao exílio).

Mais tarde, muitos descendentes dos exilados regressaram à Palestina. Um grupo retornou em 538 aC e reconstruiu o templo; outro voltou em 444 aC e reconstruiu os muros de Jerusalém sob a liderança de Esdras e Neemias. Israel voltou à velha prática do pecado e da indiferença; e com o término do Período do Antigo Testamento, ouvimos a voz do profeta Malaquias condenando os caminhos pecaminosos do povo.

continua...
Autor Desconhecido
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