Os mortos se tornaram vivos em Cristo: Ef 2.1-10
1 – Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados,
2 – nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência;
3 – entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais.
4 – Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou,
5 – e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, – pela graça sois salvos,
6 – e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus;
7 – para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus.
8 – Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;
9 – não de obras, para que ninguém se glorie.
10 – Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.
1 Ef 2.1-10 estabelece uma estreita conexão com o bloco anterior: o começo “também vós” aplica à igreja dos leitores as considerações sobre a verdade de que Cristo é o cabeça. O conteúdo do v. 1 continua no v. 5b (termo-chave: “mortos em vossos delitos”). As conseqüências do evento de Cristo narrado em Ef 1.20 passam a ser aplicadas aos crentes: “deu vida juntamente com Cristo”, “ressuscitados com ele”, “fez assentar com ele” (em Ef 2.5s). O afunilamento da exposição geral de Ef 1.20ss para a realidade dos leitores (em Ef 2.1) aconteceu de forma muito semelhante em Ef 1.13. Inicialmente essa aplicação menciona como os membros da igreja antes estavam enleados pelo pecado: “Também vós estáveis mortos em vossas transgressões e pecados.” Paulo falou sobre as “transgressões” sobretudo na carta aos Romanos, mas também em outras cartas. Ademais, Cl 2.13 menciona a “incircuncisão de vossa carne”. Toda a existência estava tão atingida pelo pecado que só poderia ser caracterizada como “morta”. Assim se afirma que o pecado não tinha envolvido apenas algumas áreas do ser humano (p. ex., a área moral), mas que sua vida estava infectada e destruída no cerne de sua personalidade (por isso também a necessidade da iluminação do coração em Ef 1.18). Paulo fala diversas vezes do poder da morte como conseqüência do pecado.
2 Os pecados não são somente inseparáveis do incrédulo, porém Paulo também os descreve como aqueles “em que andastes outrora”. A vida pregressa acontecia em pecado, que não é um espaço neutro, mas de poder.
Como em todo o NT, a conversão a Cristo (cf. 1Ts 1.9s) representa uma nítida linha divisória entre “outrora” e “agora”.
O verbo “andar” representa a totalidade da vida, e é empregado com freqüência especialmente por Paulo.
Essa conduta anterior acontecia segundo a norma de um poder antidivino: “segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência”. A aparente liberdade, portanto, não passava de escravidão sob poderes maus. Enquanto Ef 1.21 cita potestades diversas, Paulo agora fala apenas do “éon deste mundo”, o “soberano da esfera de poder do ar”. Aparentemente, “éon” é entendido como pessoa, paralelamente ao conceito “soberano” que vem em seguida.
O mundo aparece aqui como um ente que reivindica posse do poder sobre o tempo, alegando ser “o deus do tempo do mundo”. Enquanto essa reivindicação de eternidade dominava a vida dos pecadores, permanecia oculto o fato de que Cristo derrotou os poderes, que esse éon já encontrou seu fim nele e que por isso também o poder dele se esvai rapidamente. É verdade que por isso os crentes ainda são fortemente atribulados, contudo é inquestionável que o domínio de Cristo sobre todos os poderes também será publicamente constatável no final.
O segundo conceito caracteriza-o como “soberano da esfera de poder do ar”. Acima da terra estende-se a esfera do ar. É dela que vem a influência sobre os acontecimentos na terra situada abaixo. Conforme Cl 1.13 esse ambiente é a “esfera de poder das trevas”, na qual os “príncipes mundiais destas trevas” (Ef 6.12) exercem sua atuação.
Finalmente as afirmações são detalhadas com a menção ao “espírito que agora atua nos filhos da desobediência”.
O texto permite duas interpretações: “espírito” freqüentemente é entendido como termo paralelo a “soberanos”, o que é possível apesar da troca do plural pelo singular. Contudo é igualmente imaginável relacionar “espírito” diretamente com “ar”, o que se torna plausível pela ligação de conteúdo de ambas as grandezas. Em decorrência, o senhor sobre a esfera do ar seria o mesmo que também controla a esfera do espírito. Por isso as dimensões do espaço e do espírito relativas a esse senhorio confluem.
Esse espírito anticristão exerce sua ação nos “filhos da desobediência”. Mais uma vez isso permite notar que nenhum ser humano pode assumir uma posição simplesmente neutra diante dos poderes: quem não está ligado a Jesus Cristo pela obediência da fé (cf. Rm 1.5; 16.26) permanece, como desobediente, escravo do pecado. A mesma correlação é assim descrita por Paulo em Rm 6.17: “Mas graças a Deus porque, outrora, escravos do pecado, contudo, viestes a obedecer de coração à forma de doutrina a que fostes entregues.”
3 “Entre eles” – i. é, os filhos da desobediência – “também nós andávamos outrora”. Não é necessário considerar isso uma referência especial aos cristãos judeus. Pelo contrário, o “nós” unifica Paulo e os leitores das diversas igrejas, distinguido os crentes dos “demais” mencionados no final do v. 3, i. é, os humanos escravizados pelas citadas potestades.
Uma vida sem Cristo é levada no âmbito dos “desejos de nossa carne”. Conforme Ef 4.22 isso é o “trato passado… segundo as concupiscências da paixão”, que agora já não condizem com o cristão e das quais lhe cabe despir-se.
“Carne” é o ser humano em sua rebeldia contra Deus, o velho ser humano, o corpo do pecado (cf. Rm 6.6; 7.18; Gl 5.16; etc.).
Dessa existência brotam as “concupiscências” (cf. Rm 7.5) que se refletem no agir concreto. O “desejo” (as pulsões) e os “pensamentos” (obscurecidos: Ef 4.18) levam a uma conduta que pode ser vista na carne.
No passado esse aprisionamento pelo pecado caracterizava os membros da igreja “por natureza” como “filhos da ira”. Com base no “ser humano natural” em 1Co 2.14, “por natureza” deve ser entendido como conceito oposto ao “ser humano espiritual”: por si mesmo nenhum ser humano é capaz de romper os liames do pecado e praticar a vontade de Deus. Por essa razão todo ser humano é réu do juízo da ira divina. “Os demais” são aqueles que não têm esperança diante dessa situação (1Ts 4.13; 5.6).
4 [4] Diante do sombrio pano de fundo da descrição de como o ser humano é refém da morte, Paulo coloca o “porém” da misericórdia divina. A “riqueza de sua graça” (Ef 1.7) que ele “fez derramar” sobre os crentes (Ef 1.8) é completada agora com a declaração de que Deus “é rico em misericórdia”. De conformidade com sua misericórdia “ele nos salvou” (Tt 3.5) e “nos fez renascer para uma viva esperança” (1Pe 1.3).
Essa misericórdia concretizou-se em “seu grande amor, com o qual nos amou”. A magnitude desse amor que se evidencia em Jesus Cristo é enaltecida por Paulo em Rm 8.35-39 (cf. também Jo 3.16; 13.1): a entrega do único Filho amado é a fiança do amor supremo de Deus. Ele não si restringe a si mesmo, mas dirige-se aos seres humanos. Isso é exclamado na proclamação do evangelho e deve conduzir ao testemunho da fé: com esse grande amor ele amou a nós!
5 Visto que não apenas os leitores mas todos os cristãos (“nós todos”: v. 3) viviam segundo os padrões do pecado (“da carne”), a única possibilidade é repetir agora a afirmação do v. 1 na primeira pessoa: [amou] “também a nós que estávamos mortos em transgressões”. Por meio dessa retomada produz-se um forte contraste com o recém-descrito amor de Deus, “com o qual ele nos amou” (v. 4). Cabe lembrar aqui a referência de Rm 5.6ss: a magnitude do amor de Deus revela-se particularmente pelo fato de que Cristo morreu por nós quando nós ainda éramos fracos pecadores sem Deus, i. é, “mortos em transgressões” (cf. 1Pe 3.8).
A tais pessoas Deus “deu vida com Cristo”. Por meio de seu agir irrestritamente misericordioso e maravilhoso Deus transformou mortos em vivos. Quando recorremos à única passagem em que o NT
também fala de “dar vida”, constatamos nela a referência ao batismo: Cl 2.12s. Através do batismo o crente é inserido de fato no evento de Cristo. Por meio dele participa da morte e do sepultamento de Jesus, sendo despertado com ele para uma nova vida. Esse saber faz parte do acervo fundamental da fé cristã (Rm 6.3s). Visto que dessa maneira o velho ser humano foi entregue à morte, a existência do cristão que já estava morto para Deus por causa do pecado é caracterizada de “novo ser humano”: a nova vida compromete a nova conduta (Rm 6.4), em que continuamente é necessário despir-se do velho ser humano e revestir-se do novo (Ef 4.22ss). Através do batismo o cristão é incorporado ao corpo de Cristo (Ef 4.4s; cf. 1Co 12.13). O batismo evidencia o amor provedor de Cristo para com toda a igreja (Ef 5.25s). No entanto o evento do batismo é um processo essencialmente espiritual porque nele os crentes são ligados ao corpo de Cristo por meio do Espírito Santo e lhes está sendo dado de beber do Espírito Santo (1Co 12.13).
O uso de verbos com o prefixo “co” é muito característico para Paulo, sendo propício que isso se evidencie particularmente no contexto do batismo em Rm 6: fomos “co-sepultados” (Rm 6.4), “co-crescido” (Rm 6.5); o velho ser humano foi “co-crucificado” (Rm 6.6); nós haveremos de “conviver” com Cristo (Rm 6.8).
Antes de arrolar as demais conseqüências do vínculo com Cristo, Paulo interrompe a frase e insere um lembrete: “por graça fostes salvos”.
“Salvar” significa arrancar dos liames dos pecados e do iminente juízo da ira. Este é certamente um termo central da mensagem cristã. Na verdade essa salvação acontece “na esperança” (Rm 5.9; Rm 8.24), visto que ela é real no presente pela fé, mas somente se manifestará com alcance pleno no dia de Cristo (1Co 1.8).
Esse salvamento de forma alguma está ao alcance do ser humano, mas acontece exclusivamente “por graça”, sendo prova da “rica misericórdia” e do “grande amor” de Deus (Ef 2.4).
6 A ligação dos crentes com Cristo tem conseqüências que transcendem o “dar vida” do v. 5: “e nos co-despertou e co-assentou nos céus em Cristo Jesus”.
Dessa maneira estende-se sobre a igreja de Jesus de Cristo a poderosa ação de Deus que segundo Ef 1.20 aconteceu com Jesus Cristo. A realidade do estreito relacionamento com Cristo como Senhor ressuscitado e primícias foi descrita de maneira muito concreta por M. Lutero em seus sermões de Páscoa: “Conseqüentemente nossa ressurreição já aconteceu mais do que pela metade, visto que nossa cabeça já está lá. – Nossas primícias estão no alto, minha ressurreição já começou; apenas preciso me levantar do sono.” Ou em palavras mais drásticas: “Resta ainda a coxa esquerda, o velho fardo; de resto, mais da metade de mim já se encontra no fim dos tempos.”
Houve repetidas tentativas na exegese de separar o realismo das afirmações feitas no v. 6 do linguajar de Paulo em outras epístolas. Diante disso cabe afirmar que na carta aos Efésios está em jogo a inabalável realidade da salvação, com as conseqüências indissociáveis na ligação com Cristo.
Os fiéis foram “co-assentados” não no sentido de que poderiam transpor (p. ex. intelectualmente) as limitações de sua vida corporal. Pelo contrário: essa declaração vale na medida em que eles vivem sua existência “em Cristo Jesus”. Nesse novo modo de vida os fiéis estão junto dele “nos céus” (cf. Ef 1.3). As exaustivas exortações em Ef 4ss deixam muito claro que nessa certeza de forma alguma se perde de vista a configuração da vida terrena a partir da realidade de Cristo.
7 Não somente nossa entrada com Cristo nos céus, mas toda a ação salvadora de Deus tem uma finalidade que agora é citada: “para demonstrar, nos séculos vindouros, a sobrepujante riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus”.
Diante do Faraó Deus evidenciou seu poder (Rm 9.17), sua ira (Rm 9.22); diante de Paulo Cristo evidenciou “completa longanimidade” (1Tm 1.16). A realização de Deus para a salvação do mundo ao enviar Jesus Cristo é expressão da riqueza de sua graça, que supera qualquer medida (cf. também 2Co 9.14). Paulo havia falado em Ef 1.19 sobre a “sobrepujante magnitude de seu poder” diante dos crentes; em Ef 3.19 ele usa o mesmo termo para designar o amor de Cristo que supera qualquer entendimento.
Para o cristão, essa riqueza da graça descortina-se na forma da “bondade”. Termos análogos são “paciência”, “longanimidade” (Rm 2.4) e “benignidade” (Tt 3.4) ou “compaixão”/“misericórdia” (Ef 2.4). Através de Jesus Cristo somos envoltos por essa bondade de Deus.
Isso deverá se tornar visível “nas eras vindouras”.
A plenitude da graça divina que desde já é propiciada em Cristo aos crentes há se manifestar-se de modo completo apenas na consumação dos desígnios eternos de Deus. Apesar de toda a ênfase na
realidade da bênção celestial na carta aos Efésios ainda assim deveríamos salientar que a presente epístola preserva muito bem o “ainda não” da consumação escatológica, que não é de forma alguma abandonado em troca de um “desde já” exclusivo.
8 Os v. 8-10 estão tão entrelaçados com formulações centrais de cartas “reconhecidas” de Paulo que a autoria paulina da carta aos Efésios fica novamente documentada de modo sustentável.
No começo repete-se literalmente a inclusão do v. 5: “Porque pela graça sois salvos”. Por que a redenção pela graça de Deus é mencionada de novo? Por que ocorre um acúmulo de termos que apontam na mesma direção e enaltecem a obra redentora de Deus - misericórdia, amor (Ef 2.4), graça, bondade (Ef 2.7)? Podemos responder com a justificativa que Paulo fornece em Fp 3.1: “A mim, não me desgosta e é segurança para vós que eu escreva sempre as mesmas coisas.” A plenitude do bem da salvação não é posse, mas dádiva que brota unicamente da graça de Deus. Isso deve ser constantemente afirmado e exaltado.
A salvação acontece “por fé”. De forma comprimida acolhe-se aqui o que é formulado como segue na exposição central da justificação em Rm 3.24s: “São justificados gratuitamente (i. é, salvos), por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, a quem Deus propôs… como propiciação, mediante a fé.”
A própria fé que propicia salvação, pela qual o cristão recebe a graça, é parte do presente divino: “e isto não vem de vós, é dom de Deus”. Visto que a fé nasce de ouvir a palavra de Deus (Rm 10.17), ela não é algo humanamente possível. No entanto é uma fé que apreende a Jesus Cristo, obtendo assim a outorga de toda a riqueza. Essa é a dádiva concedida por Deus. O conceito “dádiva” pertence ao mesmo grupo semântico da palavra “gratuitamente” em Rm 3.24. O mesmo ocorre com a expressão “dom”, que Paulo emprega, além de Rm 5.15ss e 2Co 9.15, em Ef 3.7 e 4.7.
9 O “não de vós” é complementado por: “não por obras”. Também aqui é flagrante a relação com a refutação da justificação por obras nas demais cartas de Paulo. Tudo o que o ser humano visa realizar “a partir de si” para sua salvação é “obra”, e por isso insuficiente. A graça de Deus exclui o sinergismo humano, porque somente assim é e continua sendo cabalmente graça. Se continuar assim, sendo exclusivamente dádiva, ela exclui também qualquer “gloriar-se”. Ademais, a graça de Deus torna vãs as diversas modalidades do gloriar-se humano: o judeu se gloria de seu cumprimento da lei, mas a justiça divina não procede das obras da lei (Rm 2.23; 3.27). Deus responde à sabedoria humana com a tola pregação da cruz, “para que ninguém se glorie diante de Deus” (1Co 1.29). Motivo para gloriar-se existe unicamente por causa do Kýrios (1Co 1.31) e de sua cruz (Gl 6.14).
10 Fazendo uma analogia com as obras de Deus na criação (Rm 1.20) Paulo emprega a mesma expressão para a nova criação de Deus que se realiza em Jesus Cristo e, através dele, em sua igreja: “Porque somos obra dele, criados em Cristo Jesus”. Enquanto o velho ser humano é crucificado com Cristo e entregue à morte, Deus cria o novo ser humano – sua obra (cf. Ef 4.24). Também dessa perspectiva da nova criação cabe concluir que o gloriar-se por parte do ser humano não possui fundamento algum (“porque”).
No mesmo contexto de Ef 2, também Rm 6 fala da nova criação de Deus (cf. acima o exposto sobre Ef 2.5s). Chama atenção que em Rm 6.4 a “novidade da vida” também esteja ligada ao compromisso com uma conduta correspondente. A referência à nova criação aparece da mesma maneira em Gl 6.15 e 2Co 5.17, sendo que em 2Co 5.18 é estabelecida a conexão com o agir de Deus: “Ora, tudo (provém) de Deus.”
O alvo dessa nova criação é descrito com uma dupla afirmação: “para boas obras…, para que andássemos nelas”. Embora ninguém seja capaz de produzir ou favorecer sua redenção através de obras próprias, o crente nunca existe sem obras. Pelo contrário, a tarefa de sua vida consiste em realizar boas obras, andar “nessas obras” (novamente o conceito espacial). Em Ef 1.15 o autor já mencionara que a fé em Cristo sempre envolve o ser humano inteiro, visto que ela o transporta “ao raio de ação de Jesus Cristo”. Tal fé sempre atua no amor (Gl 5.6), em boas obras.
A oração subordinada adjetiva “que Deus preparou de antemão” assegura que essas obras, por serem fruto da gratidão a Deus, não podem furtivamente voltar a ser entendidas como meritórias.
Além da presente passagem, a expressão ocorre somente em Rm 9.23, que fala da livre eleição da graça de Deus com vistas às “vasilhas” “que ele de antemão preparou para a glória”.
Ao criar o novo ser humano em Jesus Cristo, Deus também prepara o espaço para a ação desse ser humano, de modo que os colossenses podem ser assim exortados: “Tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” (Cl 3.17).
Uma convocação desse tipo passa a ser simultaneamente exortação e lembrança: pelo fato de que Deus preparou boas obras para vocês, então agora também passem a realizá-las em sua conduta.
CB Esperenaça/Rev.Gedeon Martins
Programa Verdade e Vida
sábado, 22 de outubro de 2011
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