Pesquisar este blog

Programa Verdade e Vida

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Gênesis 6.6, comparação entre RA e Santo Agostinho.


Tradução de Gênesis 6.6 comparação da Revista e Atualizada com a tradução de Santo Agostinho:

Almeida Revista e Atualizada: "então, se arrependeu o Senhor de ter feito o homem,"

Santo Agostinho: "porque estou irado de ter feito o homem".
Agostinho afirma que "a ira de Deus não é nele turbação do ânimo, mas o juízo pelo qual castiga o pecador". (Cidade de Deus, parte 2, p.253)
Qual a que você prefere? Comente!!!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Mensagem Em Mateus 19.16-22 - O Jovem Rico.


NUNCA SATISFEITOS, MAS PLENAMENTE PERFEITOS.
MATEUS 19.16-22
INTRODUÇÃO: Uma das características da pós-modernidade é a busca pela satisfação pessoal. Uma espécie de Hedonismo prático. Prazer por prazer. O excesso de satisfação trás o comodismo como reação imediata e faz de muitos cristãos pessoas satisfeitas consigo mesmas. Esse texto de Mateus podemos encontrar um homem satisfeito consigo mesmo que no encontro com o Perfeito (Cristo) descobriu o que é perfeição.

ELUCIDAÇÃO
- Essa foi a ultima viajem que Jesus fez a Jerusalém, pois foi nesse período pascal que as autoridades o prenderam e levaram para a crucificação. Essa viajem não foi feita sozinho, pois Marcos na introdução (10.17-22) da sua narrativa dessa história usa a expressão “pondo-se Jesus a caminho”. Esta expressão identifica uma viajem em caravana, onde pessoas se agrupavam para percorrer caminhos longos, na organização dos mercadores, para terem condições de escaparem de saqueadores.
- Entre os que viajavam nessa comitiva, estava um homem de vida próspera e que se orgulhava de tudo que havia conquistado e de tudo que ele representava. O texto de Lucas 18.18 diz que “certo homem de POSIÇÃO”, veio correndo para dialogar com Cristo. Provavelmente em uma das muitas paradas que a comitiva fazia ao longo da viajem para descanso e reabastecimento de água.
- Este homem era alguém de pouco idade, provavelmente 30 à 34 anos de idade. No versículo 22 diz que ele era Jovem, o termo do original grego é Neaniskos que deriva do termo neanias, que na concepção judaica era alguém que tinha entre 25 aos 35 anos..
CHAMPLIM (2002, pg 487) DIZ “que muitos teólogos tem conjecturado que esse homem era membro do mais alto tribunal judaico, o sinédrio. Mas isso ninguém pode asseverar com absoluta certeza, ainda que provavelmente ele fosse elemento que ocupava alta posição religiosa”. Ao aproximar-se de Cristo, este homem se ajoelha aos seus pés. Essa posição não era igual a todos as pessoas que se humilhavam diante de Cristo em busca de uma graça. Mas era uma posição corriqueira entre mestres e discípulos. (basta lembrar a expressão de Paulo que ao referir-se a sua educação menciona-se como aquele que fora criado aos pés de Gamaliel). Este homem queria mostrar a todos que tinha condições suficiente para ser discípulo de Cristo. Ser escolhido por um mestre significava que você estava apto para conviver com ele.
- Estamos falando dos dias finais de Cristo, e a fama o grande mestre já era conhecida por todos. “Existe um mestre de sabedoria tal que faz dos mais sábios um tolo e do mais desprezível um príncipe”. A expressão “bom mestre” não existia nos primeiros manuscritos de Mateus, mas com base em Marcos onde essa expressão é autêntica, os copistas posteriormente inserem essa expressão em Mateus também.
- Ao aproximar-se o jovem demonstra qual era a sua preocupação: ser visto como alguém bom. “O que farei eu de bom para alcançar a vida eterna” (16). A ênfase do texto não é na vida eterna, mas na bondade da vida presente. A vida eterna demonstra uma preocupação religiosa, revelando que este homem não era um saduceu, pois os saduceus não acreditavam na vida eterna. Como também mostra um interesse dele de ouvir uma palavra revolucionária de Cristo; algo de novo que enchesse o seu ouvido de novas leis. A ideia predominante na mente desse homem era manter tudo aquilo que ele havia conquistado. Por isso que CHAMPLIM diz que este não possuía dinheiro, mas o dinheiro é que possuía ele.
- É nesse momento que na vida de alguém o objeto passa a ter mais vida do que o próprio sujeito.
- Este jovem homem vivia satisfeito em três aspectos diferentes de sua vida: com sua bondade, com seu status perante os homens e com sua riqueza.
- Para todas essas satisfações pessoais, Cristo apresenta uma confrontação.
1ª Confronta a bondade: “bom só existe um”. A ideia central é mostrar para aquele Jovem que não existe bondade plena nos homens e que somente no Deus triuno essa bondade pode ser vista. Como também, Cristo não queria ser um bom mestre, e sim, um bom Deus.
- A pergunta sobre os mandamentos revela que sempre haverá um mandamento em falta na vida dos que tentam se salvar pelas obras. Ficou claro no amor que este demonstrou por sua riqueza.
2ª Para o seu Status, Cristo mostra que não adianta ter riqueza, ser bem visto pelos homens se não tem a vida eterna. Em outras palavras, ter o olhar do mundo sobre si, mas não ter o agrado dos olhos de Deus. Ele queria ser perfeito, mas perfeição só há quando acertamos o alvo. Quando Cristo fala de perfeição no versículo 22, não está se referindo a ausência de erros, mas sobre alguém que tem um arco e flecha nas mãos e acerta o alvo em sua frente. Pois o termo TELEOS, traduzido por perfeito, significa como alguém fez exatamente o que deveria ter feito.
3ª Em contraposição a satisfação com as riquezas, Cristo ensina aos seus discípulos que maior é o tesouro que existirá na eternidade para aqueles que acertam o alvo. Ele não seria um homem impecável se abandonasse o dinheiro, mas seria um homem com um coração pertencente a um só Deus. Não mais o dinheiro, mas aquele que é bom plenamente.
- Cristo ensinou que não temos condição em nós mesmos de ficarmos satisfeitos com algo que exista por natureza em nós.
Por isso que o nosso tema é Nunca Satisfeitos, mas plenamente perfeitos.
E o por quê dessa ideia?

1ª Porque não temos em nós nada nos torne bons aos olhos de Deus.
- Como podemos ficar satisfeitos sabendo que Deus nos olha e sustem por Sua infinita misericórdia? Como podemos julgar quem quer que seja e nos colocarmos com um exemplo de bondade? Como podemos ser um parâmetro dessa bondade? Não temos como fazer isso!
- Loyd-jones ao escrever seu comentário sobre o Sermão do Mundo diz que a mensagem que Cristo trouxe naqueles dias era tão profunda e reveladora, que nós nunca podemos ficar satisfeitos em não matar sabendo que o ódio ao próximo não tão grave quanto o assassinato.

2ª Porque a luta contra a nossa natureza pecaminosa é diária. Paulo nos ensina em Efésios 4.22 “despojando vos do velho homem”. A ideia é o retirar de uma roupa e a ação do verbo identifica um ato feito todos os dias por quem ama a Cristo. O sentido de Efésios 4.22 é literalmente tirar a roupa do velho homem e vestir a nova. A pergunta que se faz é: quando fazemos isso? Todos os dias! Pois o verbo está no presente ativo, isso significa que sempre no hoje, agora, devo fazer essa troca de roupa. Tema pessoas que acham que o velho homem morreu, mas isso não é verdade, matamos ele todos os dias. 

3ª Perfeição é fazer a vontade de Deus.
- Tem pessoa que sofre terrivelmente com seus deslizes e pecados. Tenho acompanhado pessoas evangélicas nos meus estágios do curso de psicanálise que não se aceitam como salvos em Jesus Cristo por causa dos seus impulsos. Mas irmãos, a luta contra o pecado só é possível porque existe um Deus gracioso que nos fazer perseverar. A perseverança não é um dom dos homens, mas um dom de Deus, que sustenta, santifica e mantém todos os Eleitos que vivem para o crescimento da Igreja militante.
-Acertar o alvo é fazer aquilo que Cristo te mandou fazer. Viver na presença dEle, multiplicar os talentos, pregar o evangelho, fazer discípulos. No mais, descansa um coração.
- Me mostre um homem perfeito, que se considere sem pecados, e eu te mostrarei um mentiroso.
1 Jo 1.8 diz “Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmo nos enganamos, e a verdade não está em nós”.
- Mas a pergunta volta: o que faço para ser perfeito?
Quebre o altar que existe no teu coração, pois Deus não sobe em altar que já foi usado por ídolos. Ele quer um altar só para Ele. Acredito queridos que todos temos um altar para ser quebrado. Vaidade, ganância, competitividade. Nada disso agrada ao Senhor e desta forma devem ser lançados fora para que Cristo seja único e pleno em nós.

Conclusão
-Que não façamos com o jovem rico, saindo daqui triste por amar de mais o ídolo que há em nós. Mas pelo contrário! Saiamos daqui alegres, porque mesmo não tendo nada, nós somos perfeitos. Não porque sejamos sem pecados, mas porque desejamos viver para a glória do Senhor Jesus Cristo.

Que Deus nos abençoe!!!!


domingo, 2 de fevereiro de 2014

João Batista

JOÃO BATISTA, MODELO DE MISSIONÁRIO.
João 1. 35-37 “No dia seguinte, estava João outra vez na companhia de dois dos seus discípulos e, vendo Jesus passar, disse: Eis o cordeiro de Deus! Os dois discípulos, ouvindo-o dizer isso, seguiram Jesus.”

Introdução:
            A igreja recebeu do Senhor uma missão. Missão essa composta por vários elementos que na sua conjuntura fazem com que o nome do Senhor seja glorificado integralmente. Pois a missão dessa Igreja é glorificar à Deus plenamente e ensinar que outras pessoas sigam esse modelo de vida, até porque glorificar à Deus não é a junção de palavras metricamente alinhadas ou a perfeita disposição melódica de uma cação. Glorificar à Deus é viver pela Graça somente, pois Graça não é apenas uma doutrina, mas uma forma de vida.
            Parte da missão da igreja é a evangelização, que ao contrário do que muitos pensam, não é a missão e sim parte da missão que a Igreja do Senhor tem. Para ser mais direto, fazer missões é um dos muitos deveres que a Igreja tem na terra. Obrigação essa que foi cobiçada pelos anjos, amada pelos profetas e cumprida pelos Apóstolos. E da mesma forma somos convocados todos os dias a fazer discípulos e ensinar a graça a todos que nos cercam.
            Um bom exemplo de pessoa que viveu bem uma vida de mestre missionário foi João Batista, ou João o Batizador. Para dias como os nossos, cheios de pastores imperialista, que fazem das igrejas seus reinos egóicos, onde Deus é a imagem e semelhança deles, um bom modelo pode nos ajudar a ter referências positivas a serem seguidas. Senão vejamos!

ELUCIDAÇÃO

            João Batista é chamado pelos pais da Igreja como o Precursor, por ter sido ele aquele que deveria preparar a vinda do Messias, aplanar o caminho anunciando que o salvador viria. As datas de seu nascimento e início do seu ministério não podem ser determinadas, sendo assim um campo especulativo e impreciso. Mas sabe-se que João nasceu quando seus pais eram avançados em idade e que o local de seu nascimento foi na região montanhosa da Judéia. O seu pai Zacarias era Sacerdote que pertencia ao turno de Abias (1Crônicas 24.10) e sua Mãe Isabel era filha de sacerdote, como diz em Lucas 1.5 “sua mulher era das filhas de Arão e se chamava Isabel”, e que tudo indicava, pela lógica da época, este deveria ser preparado para seguir este ofício. Isabel era parenta de Maria, provavelmente primas, fazendo com que João e Jesus fossem parentes de grau distante. Foi criado nas letras do templo com a melhor educação que tinha na época, pois assim era tratado todo filho de sacerdote, preparado para ser um filho de Arão, ter sua vida a cuidar unicamente do templo. Porém, o templo de João Batista foi o deserto.
            Este era Nazireu, não cortava os cabelos, nem a barba, evitava todo tipo de bebida alcoólica e comida fermentada, distante dos grandes centros, no deserto onde sua missão foi mais marcante. Seu ministério foi tão impactante que muitos na época pensaram que ele era Elias encarnado, ou mesmo outro profeta. Sua mensagem dava ênfase ao arrependimento e a inauguração do Reino de Deus, fazendo uma afirmação que mudou os seus dias, “eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Cristo foi a mensagem desse pregador e mestre.
            Como mestre levou muitos a seguirem a Cristo, formando um movimento notável e que chamou a atenção de historiadores da época. Como Josefo, que faz menção a João como grande líder da época, e como formador de grandes outro líderes. Josefo, por exemplo afirma que Apolo, aquele mesmo convertido em Corinto, era grande pregador porque foi antes da conversão um discípulo de João Batista, pois evidências apontam a presença de Apolo na Judeia. Imagina se fosse nos dias de hoje, uma igreja com João Batista, Jesus Cristo e Apolo como pregadores. Com o potencial desses três e um líder egoico os encabeçando isso viraria uma canal de tv e uma rede de rádios. Mas, graças a Deus que estes eram compromissados com a Graça e não com a religião. Além de Apolo, André e Felipe, passaram a seguir à Cristo quando João os apontou o caminho que deveriam seguir, “sigam o messias e não a mim”, em outras palavras. João Batista mostrou-se desprendido de sentimento de posse sobre aqueles que discipulou, conduzindo-os a seguirem o motivo de sua mensagem, Jesus o Cristo, o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
            O problema, é que depois de sua morte muitos quiseram institucionalizar aquilo que ele fazia, não entenderam que o sopro do Espírito não pode ser contido, e quando tentamos fazer isso caímos no fermento dos Fariseus. Josefo fala de uma seita chamada Mandeanos que se consideravam legítimos seguidores de João batista, e que continuaram seguindo seus passo, o imitando com o batismo e com a mensagem, porém forma conflitantes com o Cristianismo recusando-se a aceitar a mensagem pregada pelos Apóstolos. Homens que param no tempo, no Jordão, que viram e ouviram o que o mestre falou, mas ao invés de seguir seus ensinamos e adorar o cordeiro, preferiram adorar o mestre usando o cordeiro como pretexto. Porém em vida, suas ministrações e métodos de discipulados fizeram deste mais um bom exemplo a ser seguido que a Bíblia nos apresenta.

Sigamos pelo menos quadro comportamentos do ministério de João Batista:

PRIMEIRO, João não se sentia proprietário dos que se convertiam.
            No versículo 37 diz simplesmente que os discípulos “seguiram a Jesus”.
            Essa é a essência de ser um mestre cristão, não serem donos dos discípulos, mas antes os encaminhar a seguirem a Jesus Cristo. Temos visto líderes empilhando seguidores para lutarem e morrerem em seu nome, congresso e simpósios que são realizados para invocar a doutrina de determinado líder do passado, quase um culto ao morto. Temos que fazer discípulos para seguirem a Cristo e não para serem nossa propriedade, ou mesmo, fazerem parte da minha “panelinha” eclesiástica. Um verdadeiro mestre encaminha os seus discípulos a serem servo de Cristo, seguir e obedecer o cordeiro que tira o pecado do mundo.

SEGUNDO, a mensagem de João apontava unicamente para Cristo.
            Ele se considerava apenas uma voz, aguem que veio para pregar o cordeiro e não para proclamar a si mesmo. No evangelismo na rua ou na pregação no templo o único nome que deve ser proclamado é o de Cristo. O ego deve ficar em casa e na nossa boca o único que é digno de ser chamado santo, santo, santo, deve ser exaltado e apresentado aos ouvintes como o único Caminho, a única Verdade e a única Vida. Enquanto nos púlpitos o pregador for o centro da mensagem, Deus estará no lado de fora porque não divide altar com outros “deuses”. O bom mestre ensina o melhor para o discípulo, e não a nada melhor do que seguir ao Cristo.

TERCEIRO, João era propriedade do ministério e não o ministério propriedade de João.
            Hoje é comum ver líderes falando do ministério como se fosse um produto que lhe pertencesse. Mas ministro é um sub-remador, no navio é o que fica nos porões, pegando o maior peso na navegação, acorrentado é o primeiro a morrer quando o barco afunda. Hoje os Narcisos pastorais querem a primazia, os maiores salários em quanto as viúvas e os órfãos morrem de fome, e que todos se calem diante de seu autoritarismo. João se sentia propriedade, pertencente ao ministério, ele não se sentia dono de nada e de ninguém. Mas vivia como alguém que precisasse prestar conta de sua vida para um Senhor, alguém acima dele. Não somos donos de ministérios, e sim, mordomos. Deus colocou em nossas mãos para administrarmos e não para usufruir dele.

QUARTO, a experiência de fé de João ia além do templo.
            As brigas por poder do templo ficaram para trás e o ministério de João Batista tinha uma única preocupação, pregar. Quando paramos para lutar as guerras políticas do templo, motivadas por inveja, competitividade, ciúmes e etc., deixamos de nos dedicar a fazer discípulos para fazer aliados. E por consequência o discipulado, um dos mais importantes elos da missão da igreja, fica para trás. As ruas, casas e bairros, são nossa maior cobiça. Ver vizinhos transformados e parentes crentes em Cristo Jesus.


            Seguindo os bons exemplos aprenderemos a ser bons mestre e proclamar aquele que nos chamou para sermos mestres que guiem seus discípulos para O Caminho, para viver A Verdade e experimentar a verdadeira Vida.

Postagens populares